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sábado, 30 de novembro de 2013

Espaço Homenagem Viva: [ Delasnieve Miranda Daspet de Souza... ]






Homenagem Viva












Verdades
Delasnieve Miranda Daspet de Souza
[ Delasnieve Daspet ]
Campo Grande - MS

 Roubo do hoje a força
Fazendo nascer o amanhã.
Da janela acompanho com olhar
As nuvens do céu.
De novo a sombra sinistra
Tolda tristemente meus sonhos.
Tua imagem me acompanha
Por todos os lugares por onde ando.
E em todos os momentos
É a tua presença que espanta
As brumas do desconhecido.
Não faço perguntas.
Tenho medo das respostas que já sei.
Liberta do invólucro físico
Devolverei a matéria ao pó de que fora feito.
Vivi meus três caminhos na terra.
Purgatório, Inferno, Céu.
Tudo de acordo com meus projetos,
Minhas atitudes,
Procurando não reincidir nos mesmos erros.
Agora - vago e espero
Entre ápodos e flagelos
O ressurgir da verdade.











Sinais de vida e de morte...
Delasnieve Miranda Daspet de Souza
[ Delasnieve Daspet ]
Campo Grande - MS

 Escuridão e luz
Discórdia e amor
Faces da mesma moeda
Que preenchem o vazio...

Vazio que se completa
na palavra cheia do tudo e do nada:
a perda...

Que se dilui n'água,
água que apaga o fogo,
que derruba a terra,
que come o ferro,
que dilui, a dor, pela lágrima...
Sinais de vida e morte...

Morte e vida andam juntas
Uma finda a outra.
Embora pareça ser a morte mais forte,
vence, sempre, a vida!

A labareda avança e engole a floresta,
tudo morto, tudo findo? Ledo engano!
Nas primeiras gotas da chuva
ressurge a mata - forte e viçosa,
Ninguém pode detê-la!

A morte não derrota a vida,
Não inviabiliza a Paz,
Das cinzas da destruição
Ressurge a Luz,
O ódio não derrota o amor,
A morte não vence a vida,
A decepção não sepulta a esperança.

Proclamo o permanente contraste,
é preciso que haja a escuridão
para que a luz se faça,
que se denuncie a opressão para que
se proclame a liberdade,
e o medo se entregue à coragem!












Elegia à Tristeza...
Delasnieve Miranda Daspet de Souza
[ Delasnieve Daspet ]
Campo Grande - MS

 Eu vi.
Vi a tristeza.
Tanta.
Estava dentro do espelho
Na imagem refletida
Que me olhava n'alma!

Não consegui sair.
Fiquei estática.
De quem seriam aqueles olhos que me fitavam?
Que me diziam: olhe-me!
Sentes a dor que refletes?!

Caramba!
Não podem ser meus olhos !...
Tenho a menina dos olhos travessa,
Uma moleca,
Danada que só
Que vive sorrindo!

Volvi a cabeça,
Para ver quem se mirava no espelho
Além de mim...
Ninguém!
Ninguém?!
Então são meus olhos que me olham assim?!

Preciso acabar com isso!
Virar estas páginas...
Matar as lembranças,
Acabar com a dor.
Esquecer-te.
Apagar-te da memória.
Perder-te pela vida -
Como uma coisa sem valor!

Mas como farei isso?
Não consigo...
Deitada - fito o teto -
Na rua... Ninguém!
Preciso...
Tem de ser já!
O momento é agora!
Meu amor não vai mais esperar!...

Voltarás a sorrir -
Olhos de minh'alma!











Porque Eu Te Amo
Delasnieve Miranda Daspet de Souza
[ Delasnieve Daspet ]
Campo Grande - MS

 Ainda que a neve dos anos
Caia sobre meus cabelos,
E que junto aos olhos
Se vislumbre um vinco
Onde começo a escrever
As notas finais da sinfonia
Da juventude.

Ainda assim,
Meu jovem coração
Não se perde!
Se outrora o sangue corria
Revolto entre pedras,
Hoje corre macio,
Em remansos,
No seu encanto!

Envelhecer é aproximar-se
Da morte.
E o mistério do infinito
Se abre em angústia infindas.
Só me sobre uma certeza:
Meu amor existe.
Persiste ao meu lado.
No meu interior.

Ainda que o tempo tenha passado
Hoje é como amanhã.
Não serei mera poeira
Nos olhos de alguém.
Porque eu te amo
Alcanço a lua,
Caminho pelas estrelas,
Não sou uma quimera!











Matriz
Delasnieve Miranda Daspet de Souza
[ Delasnieve Daspet ]
Campo Grande -MS

 Sou uma matriz de palavras...
Desço mansa e clara
De fontes cristalinas.

Sou  polén da flores,
Absorvida pelas borboletas,
E doces colibris.

Sou o espinho da rosa cálida,
O vento suave da primavera,
Um caminhante em busca de estradas.

Faço amor com as palavras
E as fecundo em folhas brancas.











Serenata
Delasnieve Miranda Daspet de Souza
[ Delasnieve Daspet]
Campo Grande - MS

 Numa noite esquecida
- Na lembrança, -
Uma estrela perdida,
Um violão,
Uma canção,
E... Uma antiga paixão.

Um sonho perfeito
Uma serenata
Que embriaga os sentidos.

Tudo acabou.
A viola, já esquecida
Num canto qualquer da vida,
Desafinou.

Já não canto.
Canora avezita,
Me escondo, sem voz.
Esqueci-me de Nelson,
Dolores, Maysa, Gatita.

Fostes buscar outras estrelas,
Eu cá fiquei.
Mas insistes em voltar,
Como uma antiga melodia.

E como uma canção do passado,
Arranhas a vitrola de minha lembrança.
O long-play ainda toca
O bolero de amargas saudades.

Os dedos, sem destreza,
Ainda emocionam
Nas notas suaves do piano
Que toco, embalando os sonhos
De um dia.







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