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sábado, 20 de julho de 2013

Espaço Homenagem Viva: [Amélia Freire...]






Homenagem Viva









Flamejar
Amélia Freire
Natal - Rio Grande do Norte
Como se tudo em mim flamejasse
corrente de energia em curto circuito
com ânsia de quem quer resistir
O clima é de expectativa
o vento me leva e me acha em segredo
Se tudo fosse azul
porém, é vermelho sangrento











Íntegra
Amelia Freire
Natal - Rio Grande do Norte
Minha mente é livre
no pensamento, na inspiração
em invenção e nos meus desejos
meu corpo se prende ao teu
no toque
na pele
e orgasmo
meu corpo é santo
é profano
na entrega íntegra
preso nos laços, solto no lance
gozos nossos, teus e meus
momentos e paixão
a mente desprende
e prende ao teu
a nossa comunhão
desejo e prazer, amor
na intimidade, na cama
em cumplicidade
com sim, sem não.











Luz
Amelia Freire
Natal - Rio Grande do Norte
E se meus olhos encontrarem os teus?
Não desvie, não desviarei
Olhe, olha bem dentro deles
daquela forma que impregna
também farei, assim
com olhar de quem vê
que se encontra e mergulha no outro
o outro dentro de si
com olhares que vêem
percebem, sentem, e se enebriam
embriagando-se de ti
de mim em tu
de ti em mim
Do jeito que nos ilumina
que somente este olhar
saberia iluminar sempre.











Imagine
Amelia Freire
Natal - Rio Grande do Norte
Imagine uma mulher
Imagine essa mulher
de cara lavada
com a face exposta
de peito aberto
e coração limpo
Imagine a mulher
de corpo ereto
com os pés firmes
de cabeça erguida
e punhos cerrados
Imagine essa mulher
com marcas da vida
de sonhos e desejos
com sorriso largo
e olhos profundos
Imagine esta mulher
autentica, forte e frágil
leve densa, intensa
de mão dada contigo
à serviço da luz!











Chuvas
Amélia Freire
Natal - Rio Grande do Norte
As chuvas nos levam ao delírio
fazem soar sons, toques, jingles
até o que não se viveu
vem em enxurradas, pensamentos
imaginação, desejos, tesão
chega no arrepio
dá um freio, frio
mexe lá profundo
com cheiro e gosto de um tempo
de casos, acasos cúmplices
cumplicia com o vento e a água
com sentido naufrago
rememora memória da noite
um dia sem luz
recorda a leveza e o inusitado
o homem e mulher que se fez
se faz na conjuntura, ah chuvas, chuvas!










[In]verso
Amélia Freire
Natal - Rio Grande do Norte
Uma mentira repetida muitas vezes torna-se verdade.
E a verdade passa a ser mentira assumida.
Uma versão colocada com veemência substitui o fato.
E o fato é secundarizado por esta e outras versões.
Repeti tanto o meu desejo
- o desejo do sim, do querer -
que fluiu como uma cascata jorrando sem cessar.
Inversamente, tu, repetistes tanto o teu medo
- o medo significando o não -
e tudo secou como seca o chão rachado do sertão do nordeste.
Mas, para cumprir as consequências da mentira e das versões.
Do sim e do não.
Do medo e do desejo,
a natureza se recolheu sem ira,
sem mágoas, sem tédio.
Só para cumprir os ciclos.
Findou...
Contudo, surge uma nova aurora, outro desejo, outro sonho.
Com um lugar para existir, para vingar sem vingança.
Vingar a natureza.
O meu desejo era a mentira que se tornou verdade.
Assim como o teu medo era a verdade em versões.








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