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sábado, 15 de junho de 2013

Espaço Divulgação 18 - [Nydia Bonetti... Paulo Osório... Suzanna Petri Martins... Miguel Patrício Gomes... Sonia de Fátima Machado Silva...]








     

Espaço Divulgação

[ ... A poesia em ação... ]
[ ... Aqui você é bem recebido[a]... ]
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .













 
 
É Preciso
Nydia Bonetti
Campinas - SP


É preciso esquecer o passado,
fincar o pé no presente
e não esperar muito do futuro...

É preciso sonhar sempre,
agir mais que sonhar
e não desesperar nunca...

É preciso suportar a dor,
habituar-se a solidão
e não chorar muito...

É preciso aceitar o destino,
seguir em frente
e não fugir da raia...

É preciso amar a vida,
sorver cada minuto
e não perder tempo...

É preciso conhecer a tristeza,
vencer o medo
e não morrer de tédio...

Tudo isto é preciso.
Muito mais é preciso.
No entanto, tudo tão impreciso...






 






 
 
Passaram pássaros
Nydia Bonetti
Campinas - SP




Passaram pássaros
pela minha janela,
e passaram tantos.
De todas as cores,
de todos os tipos.
Sozinhos ou em bando,
cantando ou em silêncio,
batendo asas ou planando.
Ensinando ou aprendendo a voar.
Pássaros novos, pássaros velhos,
porém, todos pássaros livres.

E eu, cativa da minha janela
olhando os pássaros
não cantava.
Apenas penas,
de um pássaro triste,
que um vento louco
as vezes despertava,
o sonho antigo
de ter asas.

E findo o sonho,
de volta a janela
olhos distantes,
a espera pelo dia.

Então passavam pássaros
pela minha janela.

E tantos passariam...






 




 
 
 
Oriunda de mim
Paulo Osório
Campinas - SP


Leram de mim um poema
Estranharam a melancolia
Explico: embora não a poetize
Sempre amei a alegria

Mas minha poesia é sofrimento
Flagelo, dor exposta
E ainda que a oculte em alentos
Escapa, invade, se mostra





 

 




 
 
Alma
Paulo Osório
Campinas - SP


Voa, alma cansada
Pergunta pelos teus sonhos
Pelos teus ideais, desvencilhados
Atado está o teu destino
Num corpo desvanecido
Extinguido e exilado, mas não morto
Voa alma, voa...
Porque tens vida, tens asas
Tem lugares em ti que a tristeza desconhece
Tens caminhos recônditos
Onde a inércia do mundo
Ainda não te pode afetar
Vai alma, clama por teus amores
Ignora por ora as dores
Que ainda persistem em ti
Eleva-te à altura das nuvens
Pois elas sim te podem dar
Águas límpidas e edificantes
E o teu corpo impuro
Então poderás lavar.





 





 
 
 
Poetas
Suzanna Petri Martins
Vila Velha - ES


Se sentirmos dor
Falamos de amor
Se sentirmos nostalgia
Criamos magia

Muitos sentimentos
Em todos os momentos
Somos sempre assim
Profusão de palavras sem fim

Com a caneta na mão
Vivendo de ilusão
Momentos de devaneios
Usamos todos os meios

Para escrever poemas
Sobre todos os temas
Mas o que gostamos mesmo
É escrever a esmo





 






 
 
 
Amor imperfeito
Suzanna Petri Martins
Vila Velha - ES


Por ruas e vielas
Sigo em frente
Olhando para trás
Desejando o passado

Nostalgia a flor da pele
Não leva a lugar algum
Caminhando em círculos
Sempre a me encontrar

Confrontando a todo momento
Uma alma atordoada
Pensamentos perdidos
Devaneios intensos

Cada batalha, uma perda.
Lembrança que vem a tona
Torturando uma mente inquieta
Um amor sempre imperfeito





 

 




 
 
Há uma linha
Miguel Patrício Gomes
Portugal - PT


Que pode mudar tudo se a ultrapassar
Mas uma linha
Que a menos que mo peças
Nem a sequer irei pisar...

Uma linha que altera destinos
Para sempre
Pelo menos o meu
Se ficasse contigo...

Linha que nem sequer é um desafio
Porque não me atrevo sequer a olhar
Embora a odeie
Porque é ela
Que de Ti me está a separar...

Linha que marca o começo de um sonho
Que nem sequer é utopia
Um sonho
Pelo que me pode trazer
De bem real
Bem tangível
Onde depois dela
Tu poderás dizer que sou o teu homem
E eu
Tu a minha mulher...





 

 




 
 
Fotografias
Miguel Patrício Gomes
Portugal - PT


Não são assim tão velhas
Mas fazem-me sentir envelhido
Desde que passou uma pequena eternidade
Desde que deixaste de estar contigo...

Nada me tinha restado
A não ser recordar
E de uma forma incessante
Os nossos pedaços que deixamos congelados no tempo ao observar...

Memórias visuais
A que chamaram fotografias
As quais pensava me fazerem viver
Mas aos quais me faziam esquecer do que se passava ao meu redor
E quando estava a pensar viver um momento de prazer
Ao ver o teu rosto desaparecido
Só estava a sublimar mais ainda a dor...

Vivendo tal de uma maneira incessante
De uma forma redundante
Esquecendo
Que tudo tinha mudado
E nada jamais ficaria como dantes...

Até que um dia deparei que o teu rosto estava gasto
Gasto pelo tempo dessas fotografias
E percebi que estava a envelhecer com elas
E não entre a humanidade
Percebendo que nada
Mesmo nada
Deve ficar para a posteridade
Porque a posteridade se faz todos os dias
É algo dinâmico
E nunca deverá ficar preso no tempo
E por isso sai para ver e tocar o mundo
Arranjar novos momentos
Viver novos momentos
Captando tal
tirando novas fotografias...





 

 




 
 
Sem ti
Sonia de Fátima Machado Silva
Coromandel - MG


O outono não será mais o mesmo sem ti,
Sabendo que sofreria parti,
Deixei para trás as folhas caídas,
Para esse nosso amor não há saídas.

Vou seguir pelos caminhos sem rumo,
Quem sabe na primavera eu me aprumo,
Cansei-me de seus loucos vendavais,
Agora não importa para onde vais.

Minha vida perdeu a cor e a grandeza,
Não quero mais viver dessa incerteza,
Prefiro essa melancolia e a lembrança...

Sabes... Sem ti o outono não será o mesmo,
Mas não sentirei medo de andar a esmo,
E ouvir a tua voz na 'voz' do vento...






 




 
 
Poema aos passarinhos
Sonia de Fátima Machado Silva
Coromandel - MG


Se numa manhã qualquer
O sol encontrar-me adormecida,
Quero despertar, e se puder,
Ouvir ao longe uma canção perdida.

Quero despertar ouvindo esta canção
Dos passarinhos amigos leais
E ao ouvi-los, sentir feliz o coração
Sem tristezas, sem prantos e sem ais.

Quero despertar e abrir a janela
E se puder tuas penas tocar,
Pintá-los numa linda aquarela,
Quando na minha mão vier pousar.

Vê-los sem medo se aproximar
Como quem busca um amigo
E enquanto canta quero apenas sonhar
E sua doce canção guardar comigo.





 

 


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