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sábado, 17 de dezembro de 2011

[Boletim 42] - Um 'dom' entre gerações... No silêncio de uma noite... Conquistar-me...

Um 'dom' entre gerações...
Celso Gabriel de Toledo e Silva – CeGaToSi®
Poeta de Luz® - Arquiteto de Almas®
Poeta dos Sentimentos®
Concebida em: 11/novembro/2011
Num tempo já tão distante, da memória quase esquecido,
Lá... Em ‘San Fior’, região de Vêneto, província de Treviso,
Onde o início de tudo se faz realidade pelas mãos de João Baptista,
O ato de transformar da árvore, a madeira bruta em arte pura,
Criar como um poeta, a beleza através das formas entalhadas;

Fez da profissão lei e maestria, como fez José pai de Jesus,
Por tal, com amor e dedicação aprende Arturo o ofício de seu pai,
Pelas adversidades e atrocidades da guerra atravessa muitos mares,
Vindo encontrar aqui no Brasil, seu porto seguro, nova vida,
Continuar o ‘dom’ recebido pelo Senhor Maior, carpintaria;

D’a missão ensinar, faz por compartilhar a seu filho Benito tudo o que sabia,
Amor, afinco, responsabilidade e respeito no trato da madeira,
Aprende o ofício ainda menino, onze anos para ser preciso,
Exímio aos catorze anos executava seus trabalhos com plena confiança,
Era a ‘criança-homem’ que tudo acompanhava, da execução e nas ordens;

Fez do sonho a esperança, do desejo a realização, a continuidade...
Do tempo tão distante, a vencer distancias, no participar da mesma história,
Descobriu em seu genro Cláudio também o ‘dom’ da carpintaria,
O ato de transformar da árvore, a madeira bruta em arte pura,
O continuar na prática do ofício mantendo vivo e presente o legado;

De repente tudo que era apenas recordação, faz-se agora forte realidade,
Despertando o desejo por contar em poesia a história da família,
A mesma história de amor de João Batista, Arturo, Benito e Cláudio,
Assim se fez tudo revelar por intermédio do herdeiro Rafael,
Passado, o recente, o hoje, sobretudo a continuidade das gerações.



No silêncio de uma noite...
Celso Gabriel de Toledo e Silva - CeGaToSi®
Poeta de Luz® - Arquiteto de Almas®
Poeta dos Sentimentos®
Concebida em: 22/agosto/2005
Chegaste sorrateiramente, como orvalho que umedece a relva na madrugada,
Despertaste com isto em mim um brilho que há muito não havia em meus olhos,
Usaste comigo nada além de um sutil convite, um chamado direto e certeiro,
Mostraste um pouco de ti com algumas palavras, porém seguras e verdadeiras;

Ofertaste a doçura de ouvir os meus relatos repletos de timidez, também de furor,
Aceitaste a pessoa que sou com qualidades e defeitos como os que em ti residem,
Falaste de teus anseios, também de teus desejos livre de ressentimentos e medos,
Confiaste a mim teus segredos mesmo acreditando nada haver a ser cobrado;

Foste transparente inclusive nas entrelinhas com relação aos teus sentimentos,
Declarastes a mim toda a tua franqueza, sinceridade e afeto, louvável atitude,
Vieste pelo mesmo caminhar meu, solidão, e sem nossa permissão o destino nos une,
Criaste em mim conflitos e euforia, sensações esquecidas entre razão e emoção;

Ganhaste de ti em meus ouvidos o som do gostar anunciado como tempo de paz,
Abusaste literalmente das palavras pronunciadas de teus lábios como feitiço,
Uniste meu corpo físico ao teu e tu’alma como único pensamento em minh’alma,
Viverás em mim como a chama que iluminou meu coração no silêncio de uma noite...



Conquistar-me...
Celso Gabriel de Toledo e Silva - CeGaToSi®
Poeta de Luz® - Arquiteto de Almas®
Poeta dos Sentimentos®
Concebida em: 24/julho/2005
Não queira conquistar-me, não me cabe este privilégio,
Não perca o seu tempo comigo, nada tenho para ofertar,
Não passo de um maltrapilho, alguém que só vive de ilusões,
Um sonhador perdido preso em um mundo essencialmente materialista;

Acredito não ser digno hoje nem deste corpo que ocupo,
Aviso que não me encontrará mais a cá, nem em lugar algum,
Parti para nunca mais voltar, peço que não busque entender o que escrevo,
Só existe um compreender, isto que digo é adeus...

Morri para a minha vida, deixo de participar do dia-a-dia,
Morri para a vida, nego-me ao necessário, respirar,
Nada mais me prende a este mundo terreno,
Perdido em preconceitos, constrangimentos;

Enoja-me as invasões de privacidade, manipulações alheias,
Acredito piamente que nada perderei saindo desta vida;
Se muitos se permitem, lamento, eu não sou um fantoche manipulável,
Tenho emoções e sentimentos, mesmo que não aparente;

Se a cá estou para crescer e aprender, enganei-me,
Mais desaprendi e me tornei inferior, quase igual à maioria,
Cansei-me das constantes lágrimas pelas dores e perdas,
Nem sei mais amadurecer para que, a troco de que, me diz!

Para não saber se houve a consciência...
Para acreditar ter vivido tudo o que podia,
Quem sabe nada ter vivido e só sentir arrependimento,
De repente ora qualquer não mais acordar,
Partir na dúvida de apenas crer ganhar o tão prometido céu.



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