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sábado, 2 de abril de 2011

Espaço Poesia 11 - [Mardilê Friedrich Fabre... Ana Marly de Oliveira Jacobino... Maria Iraci Leal... Denise Severgnini... Maria Rosaura Prestes Amaro... Cecília Fidelli... Adivair Augusto Francisco... ]

Espaço Poesia


[ ... Aqui os[as] amigos[as] tem o seu espaço... ]

. . . . . . . . . . . . . . . . . .


Intuição
Mardilê Friedrich Fabre
São Leopoldo - RS


Sei que te encontrarei outra vez...
Quem sabe, na areia à beira mar,
em um campo florido, talvez,
ou à margem de um rio, ao luar...

Nem será necessário falar
P'ra onde ir. É só seguirmos o vento,
e estradas, e montanhas passar,
levados por nosso sentimento.

Despertar-nos-á luz intensa,
que nos conduzirá às estrelas,
e lá, nuvem volátil e densa
envolver-nos-á em aquarelas.

Seres em um só corpo translúcido,
recordaremos a brevidade
da andança pelo mundo não lúcido
e atingiremos a eternidade.



Viajante
Ana Marly de Oliveira Jacobino
Piracicaba - SP


O sorriso largo destrona
Mágoas e tristezas que porventura
Existam nos corações dormentes
Pela sina do trabalho,
Dário e enfadonho
Por vezes, ou, interessante em outras.
Rosto sulcado.
Pelo riso frouxo; de quem leva o sonho
De poder apaziguar almas
E gargalhar ao som da sinfonia
Que sai do seu "Eu"!

Quis ser um dia
Um domador de sentimento bravio
Interpelado, vez ou outra
Por uma sonora pilhéria.
Para ele sua vida segue
Por caminho sem desvio
Leva ao céu estrelado, como ajudante
Nas suas passadas largas, tanto,
Quanto, o sorriso largo.
Ele, que continua vivo! Viajante...
Solitário do riso!





Eu posso ser
Maria Iraci Leal
Porto Alegre - RS


Eu posso ser tudo o que quiser
Viajar nos meus sonhos,
Sentir-me bela e exuberante
Sentir-me uma flor, em cada manhã florescer,
Como uma estrela, a pulsar no céu radiante
Posso viajar na imaginação, sorrir e cantarolar,
Ao vento soltar meus desejos, beijar um amor
Posso acreditar no futuro, nele esperar
Enquanto não chega, a estrada vou percorrendo
Plena de alegria, dia por dia vivendo
Saboreando momentos, instantes de emoção
Descobrindo a aventura, a magia de viver
E só por isto já valeu a pena
Ter estado aqui, ter vivido!



Olhar de poeta
Denise Severgnini
Novo Hamburgo - RS


Com o olhar de poeta posso ser
O que desejar, basta apenas sonhar
Deixar-me levar pelos versos
Que derivam do coração
Posso ser homem, mulher, criança
Se desejar, sou um cidadão
Ou prostituta, ou ladrão
Querendo sou anjo, subo aos céus
Ou simplesmente, um pedaço de adeus
Versejando, sou mágica
Encontro a pedra filosofal
A fonte da eterna juventude
Com o olhar de poeta posso
Matar um Golias ou aliar-me a ele
Posso desejar um mundo de paz
Ou descrever os horrores da guerra
Com o olhar de poeta sei que a poesia é rica
Que ela pode transformar o mundo
Ou não, ser apenas um rascunho
Guardado em uma gaveta
Com o olhar de poeta sei, que quando escrevo
Eu me transformo e vivencio
Tudo o que minhas palavras querem dizer.




Outono, bela estação
Maria Rosaura Prestes Amaro
Pelotas - RS


Folhas caídas...
Árvores a se despir...
Chão pintado de amarelo,
O outono vem chegando...
Com o céu um pouco azul...
Por vezes também nublado...
É a nova estação,
Que no hemisfério sul,
Substitui o verão.

As árvores perdem as folhas...
O clima é temperado...
Foi-se embora o calor
Dos dias ensolarados.

Mas tudo é calmo e belo,
São folhas por todo lado
Tingindo o chão de amarelo,
Num colorido dourado.



Águas se vão. Nascentes retornam.
Cecília Fidelli
Santos - SP


Quanto mais cedo constatarmos melhor.
A vida é como se fosse um jardim,
cheio de cobras e lagartos,
que se escondem entre as ervas daninhas.
Limpo meu jardim.
Não é fácil.
Não é fácil ouvir esta frase.
Mais difícil é compreender.
Há tantas uniões e desuniões.
Eu também era assim.
Também sentia raiva.
Também ia de encontro
e aceitava os que não tem
um sentido profundo.
Aos verdadeiros...
me perco neles.



Cama vazia
Adivair Augusto Francisco
Limeira - SP


Tinha convicção
de achar tua mão.
Isto assanhava meu acesso
pela ocasião.
Mesmo fingindo,
teu corpo apressava meu desejo.
Então fui tomado em delírio
estado insuportável,
galante e amável
sentindo crescer
em lubricidade meu prazer.

Oh, Deus! Ante esta nudez
fiquei a gesticular em completa mudez
enfrentando como um lacaio
todo este encanto picante.
Não... não pude resistir,
mas num súbito ato
notei sentir
repugnância,
arrependimento,
algo proibido,
coisa do capricho.

Em silêncio, meu cio febril
se fez coisa de abril.
Era tarde,
sozinho e loucamente...


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