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sábado, 8 de janeiro de 2011

[Boletim 22] - Ignora-me!... Joguetes do Destino... Fraqueza... Dependência... Nascente... Quando menos se espera... Não nesta vida... Envolvimento... Um só desejo.. Nada somos...


Ignora-me!...
Celso Gabriel de Toledo e Silva - Cegatosi®
Poeta de Luz® - Arquiteto de Almas®
Concebida em: 24/outubro/2001


Ignora-me!...
O que fiz eu?
Demonstrei meus sentimentos,
Falei de minhas fraquezas,
Fui por ti o que nunca fui para ninguém,
Porém...
Deste-me como castigo o silêncio,
O medo do encontro,
Um desejo tão presente,
Premente,
Mas aos teus olhos... Impossível de acontecer,
Insisti por isto,
Pago meu preço...
Tua ausência,
Perda sem volta;

Ignora-me!...
Restou-me a dor,
Um tempo de mágoas,
Dias sem brilho,
Noites sem paz,
Mente em atropelo,
Cicatrizes...
Algumas desaparecerão,
Nem sinal haverá,
Algumas ficarão,
A marca ficará na pele espiritual,
N'alma...
Presente e latente,
Dentro de mim,
Dentro de ti,
Será impossível escapar,
Estaremos sempre unidos,
O destino quis assim...
Fomos seu joguetes;

Ignora-me!...
Por quê?
Estamos morrendo na dúvida,
Negando a felicidade,
Fala comigo...
Socorramo-nos enquanto ainda é tempo,
Enquanto o portal da vida está aberto,
Enquanto os desejos prevalecem,
Enquanto o prazer físico é comum,
Enquanto o respeito nos une,
Enquanto há vida em nós,
Pensa...
Reflita...
Nem amigos,
Nem amantes,
Nem ausentes,
Nem presentes,
Apenas distantes pelo medo:

Ignora-me!...
Morro...
Morro em mim,
Morro em você,
Morremos em nós,
Amar é doloroso,
Queima primeiro,
Depois congela,
Não consigo entender tanto medo,
Rogo ao Senhor, explicação,
Creio até [Ele] na sua bondade não entender,
Estou só novamente,
Perdido,
Sem ti,
Haverá remédio,
Sofreremos cada qual ao seu modo,
Será uma eternidade,
Quem me acalentará;

Ignora-me!...
Preciso desabafar,
Tirar esta dor do meu peito,
Falar...
Transferir os sentimentos,
Sonhar que a vida é boa,
Sonhar que mesmo assim fomos felizes,
Quem saber dizer blasfêmias,
Ajoelhar...
Rezar,
Sobreviver,
Dar tempo ao tempo,
Alento...
Caminhar,
Respirar o ar da vida,
A tua fragrância misturada a minha,
Sonhar que vivo feliz,
Terei-lhe no segredo das minhas fantasias,
Na incompreensão da minha realidade.



Joguetes do Destino...
Celso Gabriel de Toledo e Silva - Cegatosi®
Poeta de Luz® - Arquiteto de Almas®
Concebida em: 01/julho/2002


Por vezes o destino se permite brincar com meus sentimentos,
Primeiro fez com que nos conhecêssemos - a sintonia,
Pôs-nos aos poucos a prova - o conviver,
Fazendo assim que caminhássemos juntos pelo gostar;

Por vezes o destino se permite brincar com meus sentimentos,
Fez com que me encantasse por você - o amar,
Mas não lhe presenteou com o mesmo encanto,
Deixei-me cegar enquanto tudo lhe era permitido;

Como se não estivesse satisfeito por ter-me como brinquedo mostrou-me a solidão,
Fez com que nos separássemos, partimos em caminhos diferentes,
Voltamos cada qual a ser o que éramos, solitários na vida,
Tal qual retirou, devolveu aos nossos corações as perdas e dores;

Como se não estivesse satisfeito por ter-me como brinquedo mostrou-me a solidão,
Retirou de nós  o sorriso e o brilho de nossos olhos,
Secou a fonte das palavras e os gestos de carinho,
De amantes que éramos viramos estranhos;

E agora depois de tudo conseguido retorna e nos faz reaproximar,
Estamos presentes, porém, perdidos nos desejos,
Inseguros das realizações, presos a medos,
Envoltos em sensações que não se concretizam;

E agora depois de tudo conseguido retorna e nos faz reaproximar,
Devolveu-nos o brilhos de nossos olhos, também a insegurança,
Faz de nós hoje mais distantes, conscientes da perda,
Se quiser-nos juntos, oferta-nos primeiro a paz;

Peço encarecidamente, não brinque mais comigo,
Deixa-me viver, não peço muito neste caminhar,
Apenas encontrar alguém com simplicidade e sinceridade,
Para juntos sermos felizes nesta vida...



Fraqueza...
Celso Gabriel de Toledo e Silva - Cegatosi®
Poeta de Luz® - Arquiteto de Almas®
Concebida em: 15/fevereiro/2003


Hoje quis tanto ouvir o som da tua voz,
Perdoa-me por este desejo, sei que não devo...
Sei que somos apenas amigos,
Podemos nem ser mais nada;

A vida brincou comigo e com você,
Inesperadamente pôs-nos no mesmo caminho,
Foi um teste para o gostar,
Porém, de um lado a corrente foi mais fraca;

Assim voltamos a solidão...
Cada qual no seu mundo,
Recordações que vêm e vão,
Emoções que foram desejadas, mas não realizadas;

Sempre lhe terei em meus pensamentos,
Seja através das boas lembranças,
Seja através das lágrimas da saudade,
Parte de você está enraizada em mim.



Dependência...
Celso Gabriel de Toledo e Silva - Cegatosi®
Poeta de Luz® - Arquiteto de Almas®
Concebida em: 22/fevereiro/2004


Porque a vida me faz desejar o que não posso ter,
Coloca em meu caminho sentimentos proibidos,
Desejos e emoções que encontram reciprocidade,
Porém, ofertam medo e insegurança;

Porque a vida me faz desejar o que não posso ter,
Criar sonhos, fantasias que não se realizam,
Amargar como sabor uma espera que não ocorrerá,
Lutar por respostas tão visíveis;

Será minha sina esta dependência afetiva?
Enfrentar o destino, nunca compactuar,
Ser posto a prova, nunca conhecer o resultado,
Suportar a perda, nunca saborear a alegria;

Será minha sina esta dependência afetiva?
Tudo o que peço é uma trégua, viver...
Saborear uma única vez que seja,
A sensação real e pura do gostar.



Nascente...
Celso Gabriel de Toledo e Silva - Cegatosi®
Poeta de Luz® - Arquiteto de Almas®
Concebida: antes de 2000


Água,
Nascente,
Vida,
Virtude;

Límpida,
Pura,
Íntima,
Cura;

Flora,
Fauna,
Aurora,
Calma;

Alimento,
Sensação,
Tomento,
Emoção;

Caminho,
Tortuoso,
Caminho,
Orgulhoso;

Rápido,
Calmo,
Ácido,
Salvo;

Curvas,
Retas,
Turvas,
Incertas;

Cidade,
Desordem,
Saudade,
Que morte;

Sorte,
Lutar,
Porte,
Voltar;

Dificuldades,
Mar,
Realidades,
Voltar;

Amar,
Preparar,
Salvar,
Retornar;

Luta,
Vencida,
Não destruída,
Renovada.



Quando menos se espera...
Celso Gabriel de Toledo e Silva - Cegatosi®
Poeta de Luz® - Arquiteto de Almas®
Concebida em: 18/junho/2005


Como não é fácil viver dos desejos que não se realizam,
Lutar contra as sensações, as expectativas, quem dirá as dores,
Acreditar que metade aguarda e por vezes em vão,
Acreditar que metade sabe que nada acontecerá;

Como não é fácil viver dos desejos que não se realizam,
Ignorar a razão que orienta pela cautela e discernimento,
Permitir que a emoção comande mesmo que haja a perda,
Conflitos que extrapolam o corpo e n'alma expostos na pele;

Recomeçar quantas vezes mais em busca da felicidade?
Estar livre das pedras que sobraram da jornada anterior,
Desarmar-se dos rancores e mágoas, das lágrimas ainda presentes,
Ter a coragem de compartilhar novamente um pouco de afeto;

Recomeçar quantas vezes mais em busca de felicidade?
Impossível desistir, seria como desejar morrer,
A vida está no respirar, no olhar, no sorrir, também nas lágrimas,
Acreditar que o gostar não escolhe hora e lugar, acontece quando menos se espera.



Não nesta vida...
Celso Gabriel de Toledo e Silva - Cegatosi®
Poeta de Luz® - Arquiteto de Almas®
Concebida em: 02/novembro/2006


Quem me dera pudesse chegar até você e dizer tudo o que guardo em mim,
Ter a coragem suficiente de me expressar sem medo, livre da insegurança,
Revelar quanto gosto da tua pessoa, todos os meus desejos e sentimentos,
Mesmo sabendo que o arrependimento me acompanharia, isto eu nunca poderia fazer;

Passará ano após ano, minha juventude, até minha existência e assim será meu destino,
Manter-me desde o dia que lhe conheci até os dias de hoje no exílio das emoções,
Libertar-me através da lágrimas e das palavras que aqui faço uso para amenizar as dores,
Imaginar-lhe apenas, este é o meu consolo, quando a tua imagem refletir em meus olhos;

Relembrar na solidão das paredes as quais faço de confidentes o tocar em teu corpo,
O afeto único que me é permitido, quando possível, abraçar-lhe e quase esquecer da vida,
Olhar olho no olho, admirar e me deixar absorver pelo som da tua voz agindo em mim,
O toque em mim, calmo e envolto em carinho na retribuição por vezes formal ao meu gesto;

Quem me dera pudesse exigir mais atenção, mas resguardo-me, eu sei que não entenderias,
Nunca haverá entre nós nada além da tênue linha da amizade que ainda nos mantém unidos,
Estamos destinados aos mesmo mundo, ao viver cotidiano, vez noutra um olhar, uma saudade,
Nada, nada mesmo que simples gestos, em mim a sorte das palavras vindas d'alma;

Passará ano após ano, minha vida por completo e assim deverá ser a estrada de cada um,
Eu perdido entre lembranças, recordações que insistem para que eu permaneça a respirar,
Você ainda mais presente, muito mais como elixir que um letal veneno que esvai o corpo,
A rocha impávida que dará a mim as lições onde eu possa compreender minha escolha;

Relembrar na solidão das paredes o que com intensidade vivi, o que me neguei a descobrir,
Refletir, ponderar, ignorar, lamentar, criticar, odiar, negligenciar, porque não me omitir,
Também absorver, dialogar, compreender, sorrir, compartilhar, transparecer, buscar felicidade,
Aprender e talvez me consolar, crer que como prêmio maior eu terei o teu amor na eternidade.



Envolvimento...
[Não chore por mim]
Celso Gabriel de Toledo e Silva - Cegatosi®
Poeta de Luz® - Arquiteto de Almas®
Concebida em: 18/agosto/2007


Não consigo me libertar do que houve entre nós,
Permanece em mim um questionamento constante...
Na tua fala que insiste e insiste, diz que errastes comigo,
Mas não creio ser eu merecedor do teu chorar;

Penso sim, que se houve algo errado não lamentemos,
Caberá a nós refletirmos, buscar pelas respostas,
O perdão de que tanto clama acredito que haverá,
Porém, não cabe clemência apenas a um dos lados;

Se nos deixamos envolver foi por consentimento mútuo,
Não tenho dúvida que foi porque o sentimento era verdadeiro,
Sei que da tua parte pelas dores da ausência do gostar,
De minha parte pela solidão, querer ser simplesmente feliz;

Não chore por mim, torno a lhe dizer, ouça o que peço,
Pondere, faça sua auto-análise, não se flagele pelo ato,
Se mesmo assim não bastar, se preciso for atitude eu tomarei,
Implorarei mesmo que me corroa para que me esqueça;

Em mim por um tempo ficará a sensação do arrependimento,
É inevitável, sei de verdade que me cabe parte da culpa,
Por teimosia uma escolha que só você quer assumir,
A permissão ao envolvimento não partiu só de ti, eu também lhe seduzi;

Reafirmarei todas às vezes, quantas precisas forem,
Sabemos que não creio ser eu merecedor do teu chorar,
Sobretudo temos em nós a convicção que existiu felicidade,
Mas haverá carregar a minha parcela de culpa neste gostar;

A expectativa contagiou meu corpo, pele e n'alma,
Fui total sinceridade em todos os meus atos, ao lhe desejar,
Tanto eu quanto você fomos imprudentes, eu quase infantil,
Por crer me libertar de minha própria prisão fui muito mais;

Não chore por mim, torno a lhe dizer, ouça minha voz,
A vida é feita de experiências, ora se aprende, ora se erra,
Não houve maldade, cada qual almejava seu tempo de paz,
Infelizmente a tua sintonia não encontrou em mim harmonia;

Voltamos cada qual ao seu próprio caminhar solitário,
Com alguns novos arranhões, novas cicatrizes que ainda sangram,
Recordações que se fazem ainda presentes e consomem pela saudade,
Confesso que nunca lhe esquecerei, como prova envenenei-me de teus lábios.



Um só desejo...
Celso Gabriel de Toledo e Silva - Cegatosi®
Poeta de Luz® - Arquiteto de Almas®
Concebida em: 13/julho/2009


Abraça-me revelando o teu desejo,
Envolve-me no calor do teu corpo,
Beija-me com intenso ardor,
Como se amanhã nunca chegasse;

Protege-me em teus braços,
Embala com teus carinhos o meu sonhar,
Transforma minhas dores em alegria,
Aprisiona a fantasia junto à saudade;

Abraça-me revelando o teu desejo,
Sussurra galanteios em meus ouvidos,
Compartilha sem restrições teu amor,
Faz-se chama de mi vida;

Protege-me em teus braços,
Oferta-me um gesto, uma verdade, tua essência,
União de corpo e espírito é o que busca tua e minh'alma,
Simplesmente felicidade...



Nada somos...
Celso Gabriel de Toledo e Silva - Cegatosi®
Poeta de Luz® - Arquiteto de Almas®
Concebida em: 19/novembro/2010


Somos sem distinção...
Todos passageiros sem destino fixo,
Pouco importa a casta que você pertença,
Pouco importa o seu possível [poder] financeiro,
Não faz a mínima diferença o teu credo religioso,
Não se faz nada relevante a cor da tua pele,
O próprio Jesus caminhou sobre a Terra e depois partiu;

Na essência da palavra...
Não se vale nada nesta vida,
Sendo que tantos se fazem valer,
Como se detivesse algum segredo,
Alguns se fazem crer,
Insistem demonstrar palpável intolerância,
Acreditam que podem ser imortais,
Faz-se por [endeusar],
Nem se lembram...
Precisam da permissão de si mesmo para aqui estar,
Não lhes pertence o futuro,
Tão pouco o dia que se vivencia;

O único bem real que cada indivíduo tem é a sua saúde,
E nem assim se dá ao devido cuidado,
Quase nada oferta de próprio benefício,
Sabe sim cuida da sua aparência física,
Como se a [casca] externa fosse o veredicto final,
Esquece da [pele] espiritual...
Lembra-se [dela] nas horas de aflição, do apuro,
No momento derradeiro... Já tarde,
Quando a única mão será Obiá ou um anjo generoso,
Isto se na leitura do teu livro da existência fores agraciado com absolvição.




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